Estresse, Stress, Burnout…. Pequenas palavras com um impacto tão grande em nossas vidas, não é mesmo? E me parece que nesses 2 anos de pandemia e esse ano de pós pandemia – se assim pudermos classificar 2022, a quantidade de pessoas cansadas ao extremo (eu me incluo nessa categoria!), estressadas, ansiosas e sofrendo Burnout aumentou demais. Digo isso não apenas pelas estatísticas, mas pela minha percepção. Todos os dias ouço ou converso com alguém que sofreu ou que conhece alguém que sofreu Burnout, que é o estresse laboral no seu nível mais alto.
Segundo a International Stress Management Association (ISMA, 2022), a força de trabalho brasileira foi considerada a segunda mais estressada do mundo; 72% dos trabalhadores brasileiros sofrem de estresse e 32% da Síndrome de Burnout.
Hoje, dia 23 de setembro, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Estresse. E a ideia aqui é alertar sobre os sintomas e das consequências, para que o Burnout não vire uma coisa comum.
Você sabia que o stress também pode ser positivo?
A resposta ao estresse foi feita para nos ajudar a lidar com emergências, situações de perigo. O corpo inteiro se prepara para reagir àquela situação: produção de adrenalina, de cortisol, os músculos se contraem, preparando para lutar, fugir ou congelar. Essa era a maneira como nossos primórdios reagiam numa situação de perigo. O estresse positivo tem curta duração, gera uma ação decisiva rápida necessária à nossa sobrevivência. Todos nós precisamos de uma certa dose de estresse para viver, sobretudo para nos motivar a agir, porém o estresse exagerado afeta seriamente o nosso bem-estar físico, mental e emocional.
Existem diversas situações em nosso dia a dia que possibilitam que esse estresse se torne cada vez mais frequente e, dessa maneira, podemos nos acostumar. Se ele durar mais de uma hora, o nível de cortisol se eleva demais e podem cessar as defesas do organismo. Quando a rotina exagerada passa a desgastar o corpo, a mente e até a vida pessoal, é sinal de que alguma coisa está errada.
O estresse negativo ocorre quando uma pessoa ultrapassa seus limites e esgota a sua capacidade de adaptação. Nessa fase, existe uma queda da qualidade de vida e, se não houver mudanças, a pessoa vai sofrer consequências.
Preste atenção aos sinais, sintomas e identifique antes que seja tarde demais. Além disso, é importante conhecer estratégias de prevenção e de enfrentamento.
Precisamos ter consciência e entender que existem estratégias para lidar com as adversidades, com situações desafiadoras e estressantes e buscarmos maneiras de administrar nosso tempo no trabalho, os momentos de descanso e lazer, além dos cuidados básicos com a saúde física e mental.
A partir desses conhecimentos e da consciência, saberemos a hora de parar, de reorganizar a vida, de buscar estratégias e alternativas para lidar com as situações e isso faz toda a diferença. Assim, evitamos que o estresse evolua para outros problemas mais graves, como ansiedade e depressão, outras doenças físicas ou algo que nos faça parar por completo.
Confira alguns sintomas, fatores estressores e estratégias de prevenção e enfrentamento a seguir:
Sintomas:
– Dor de cabeça ou enxaqueca
– Desordens do sono
– Dificuldade de concentração
– Lapsos de memória
– Irritabilidade e/ou mudança de humor
– Cansaço mental
– Dores musculares
Fatores estressores:
- Organizacionais / Empresariais: carga horária excessiva, autocobrança exagerada, metas inalcançáveis, comunicação inadequada, falta de perspectiva na carreira, condições inadequadas de trabalho, controle ou micro gerenciamento, senso de justiça, recompensas ou salários desproporcionais.
- Fatores sócio-culturais: falta de segurança, custo de vida, benefícios sociais, trânsito, poluição, conflitos, diferença social, preconceitos.
- Fatores afetivos/familiares: doenças prolongadas na família, separação ou problemas no relacionamento conjugal/afetivo, desajustes familiares, abandono ou desamparo, preocupação excessiva com os filhos.
- Fatores pessoais: ansiedade, medo exagerado, raiva, inveja, desequilíbrio emocional, inflexibilidade, falta de autocontrole, sistemas de proteção e defesa, perfis individuais, falta de autoconhecimento, traumas.
Estratégias de prevenção e enfrentamento:
- Escute o seu corpo, respeite e imponha os seus limites;
- Pratique exercícios físicos, alimente-se bem e durma com qualidade;
- Pratique técnicas de respiração consciente como Yoga, Meditação, Mindfulness;
- Faça terapia para trabalhar as suas questões pessoais e emocionais;
- Relaxe corpo e mente: descanse, tenha momentos de lazer e hobbies;
- Cultive seus relacionamentos e peça ajuda se precisar;
- Dê risadas e pratique Yoga do riso;
- Autoconhecimento e autocuidado são fundamentais!
Lembre-se que sempre existe uma saída e você não precisa dar conta de tudo. Respeite os seus limites! O autocuidado é peça chave para combater o estresse negativo.
Eu não sei se você sabe, mas eu conduzo um podcast junto à Rádio Jovem Pan BH, o Divã Jovem Pan. Eu te convido a conferir no Spotify ou no Deezer os episódios e gostaria de compartilhar um em especial, clique aqui.