O dia 29 de outubro é lembrado em vários países como o Dia Mundial de Combate ao AVC (acidente vascular cerebral). O objetivo é alertar a população dos fatores de risco que levam à doença.
Segundo o Ministério da saúde, o AVC é a causa mais frequente de morte na população adulta (10% dos óbitos) e consiste no diagnóstico de 10% das internações hospitalares públicas.
De forma breve, vou explicar o que é um acidente vascular cerebral, muitas vezes chamado de acidente vascular encefálico ou mais popularmente conhecido como derrame cerebral, que pode ser isquêmico ou hemorrágico.
O AVC isquêmico é provocado quando ocorre obstrução de uma ou mais artérias no cérebro e o hemorrágico ocorre quando há hemorragia, ou seja, sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo.
O acidente vascular cerebral é uma das maiores causas de morte e incapacidade do mundo e atinge 17 milhões de pessoas a cada ano, sendo que 6 milhões morrem.
O mais assustador é o cenário brasileiro do que se refere ao AVC. A cada 5 minutos um brasileiro morre por essa causa e uma em cada seis pessoas pode sofrer um acidente vascular cerebral ao longo da vida.
Além da genética, ou seja, do histórico familiar, existem outros 10 principais fatores de risco do AVC: stress, tabagismo, diabetes, álcool e drogas, alimentação inadequada, doenças do coração, sedentarismo, obesidade, alto índice de gordura no sangue e hipertensão arterial.
O stress é um dos principais fatores de risco de AVC e de outras doenças graves. Aumenta em até 2 vezes o risco de AVC e em até 3 vezes o risco de infarto.
É muito comum as pessoas que têm hábitos saudáveis não entenderem qual fator de risco gerou um AVC ou um infarto e muitas das vezes é o stress, que passa despercebido. E quando associado a outros fatores pessoais, aumenta a probabilidade de ocorrer.
Quando identificados esses sintomas, o tempo de socorro e atendimento hospitalar é primordial no que diz respeito às sequelas e morte. E , dependendo das lesões, as habilidades podem ser reabilitadas e a recuperação durar menos tempo, pois a reabilitação do cérebro lesado pode promover reconexão dos circuitos dos neurônios. Quando há pequenas perdas, a tendência é que ocorra uma recuperação autônoma, mas quando grandes, poderão acarretar em perda permanente da função. Algumas lesões são recuperáveis, mas para isso, necessitam de tratamentos precisos.
Todo o processo de reabilitação se baseiam na convicção de que o cérebro humano é um órgão dinâmico e adaptativo, capaz de se reestruturar em função de novas exigências ambientais ou das limitações funcionais impostas por lesões cerebrais.
E como prevenir ?
Evitar os fatores de risco é uma forma de prevenção, sendo que 90% desses fatores são administráveis.
- Praticar atividades físicas
- Hábitos saudáveis (eliminar hábitos nocivos, como o tabagismo)
- Uso moderado do álcool
- Alimentação equilibrada
- Controle da pressão arterial e do diabetes
- Controle do peso
- Controle do stress e das emoções