O Dia da Liberdade de Pensamento é comemorado mundialmente em 14 de julho. Esta data promove um dos princípios mais relevantes da Declaração Universal dos Direitos Humanos: a liberdade de pensamento.
A liberdade de pensamento é entendida como a exteriorização do pensamento no seu sentido mais amplo. A liberdade de pensar, de agir nos concede o poder de mudar nossas ideias, concepções ou pensamentos, e de optar por crenças convenientes ao nosso desenvolvimento.
Esta data marca um dos mais importantes conceitos dos Direitos Humanos.
De acordo com o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, decretada pela ONU:
“Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.
O artigo 19 da mesma declaração diz:
“Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.
Acredito eu que a liberdade de pensamento está diretamente ligada ao respeito às diferenças, às opiniões contrárias, às diversidades. E ainda mais relacionada ao nosso próprio desenvolvimento na arte de nos livrarmos de julgamentos, preconceitos, de evitar desavenças e conflitos ao impor as próprias opiniões e crenças. No momento em que começamos a aceitar e respeitar as diferenças, sem confrontá-las é que encontramos essa tal liberdade.
Quisera eu ter belas palavras para proferir…
Então, utilizo um poema do escritor Armindo Rodrigues para inspirá-los.
Liberdade
Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.
É pensar e logo
transformar o fumo
do pensamento em braços.
É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis
e arrancar teimosamente do caminho
sonhos de sol
com fúrias de raiz.
É estar atado, amordaçado, em sangue, exausto
e, mesmo assim,
só de pensar gritar
gritar
e só de pensar ir
ir e chegar ao fim.
Uma resposta
Muito bom!