Você já prestou atenção nas apresentações de circo ? Nem que seja uma vez, acredito que você já tenha ido em algum circo, não estou me referindo aos mais famosos.
Eu considero os melhores números os equilibristas, onde eles fazem de tudo em cima de um fino fio de corda bamba, um cabo de aço suspenso ou qualquer outro material. Quando eu era criança eu jurava ser um fio de nylon…..
Me parece mais interessante pelo fato de existir risco, de precisar de extrema concentração e isso me deixa mais atenta e impressionada com a capacidade desse profissional se manter equilibrado.
E quando eles começam a dançar ou ainda fazer outras peripécias, acrobacias….aí os espectadores adoram e aplaudem!! E o meu coração dispara…..de aflição.
Segundo o dicionário, equilibrista é aquele que mantém o equilíbrio em uma posição difícil ou incômoda.
Em 2008 foi lançado um filme documentário com esse mesmo nome “O equilibrista” em que é contada a história de Phillippe Petit, que atravessou as duas torres gêmeas de Nova Iorque sobre um cabo de aço em 1974.
Comparando esse profissional de circo com a nossa vida, existe uma grande relação, pois dependendo da situação de estresse a qual estamos expostos, nos sentimos numa corda bamba e precisamos do equilíbrio para nos mantermos em pé e vivos! O equilíbrio nada mais é do que saber driblar os problemas do nosso dia-a-dia, saber lidar com as pressões e imprevistos. Quanto mais preparados e treinados estamos, mais conseguiremos nos equilibrar, assim como os profissionais.
Vivemos correndo contra o relógio, preocupados com as diversas tarefas que nos comprometemos a realizar. Mesmo cansados, nas poucas horas destinadas ao descanso, temos a sensação de estarmos fazendo algo errado e perdendo tempo. Você já sentiu isso? Sentimos culpa por estarmos tranquilos, muitas vezes nos sentimos estranhos num ambiente de trabalho sem demonstrarmos certo estresse ou sem estar resolvendo problemas. A impressão é que agindo assim estamos sendo comodistas, passivos, submissos.
Criamos dessa maneira uma rotina estressante, em que reprimimos e até anulamos o bem-estar e passamos a viver para as obrigações e para mostrar aos outros que estamos inseridos no meio corporativo, que somos profissionais esforçados.
Num desses cursos que realizei ao longo dessa minha jornada, uma colega fez uma pergunta interessante após uma sessão inspiradora de mindfulness (traduzindo significa atenção plena). O curso foi para aprender técnicas para lidar com o estresse no ambiente de trabalho.
A preocupação da colega foi a seguinte: como seria voltar ao seu trabalho mais tranquila, mantendo as coisas mais organizadas, sem tantos papéis na mesa, sem correr de um setor para o outro para resolver problemas e mais equilibrada, sem parecer esbaforida ou demonstrar preocupação? Como seria a reação dos colegas de trabalho e sobretudo do superior? Será que iriam considerá-la menos produtiva ou menos competente?
E todos esperavam pela resposta da professora.
E sabe o que eu descobri?
Que isso não é uma verdade absoluta e que podemos mudar essa ideia a respeito do nosso comportamento , criando novas crenças para então viver de maneira mais equilibrada e tranquila.
Essas crenças precisam ser quebradas, para que sejam criadas novas, mais benéficas e livres de fatores estressores.
Muitos acreditam que técnicas de respiração como a meditação, a auto-hipnose são perda de tempo e que a empresa não é o local apropriado para realizá-las. Porém, esses breaks durante o o período de trabalho são essenciais para recarregar as energias de maneira saudável e inclusive para aumentar a produtividade.
Mesmo que praticado em outros momentos é importante mantermos nossa energia positiva. Uma dica boa também é: ao acordar pela manhã imaginar como você quer se sentir ao final do dia, o que gostaria de ter realizado ao longo do dia e visualizar isso, enquanto respira profundamente. Além desse planejamento mental, é essencial fazer um planejamento escrito para que isso seja ainda mais internalizado e realizado.
Eis o equilibrista em ação!
Respostas de 2
Muito inspirador o seu depoimento.
Exatamente isso! Somos viciados no estresse. Boa dica Isa!