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Será que o termo autoajuda já caiu em desuso ou não?

Às vezes sou pega de surpresa quando me perguntam se eu trabalho com autoajuda. Percebo um leve tom de crítica ou um pensamento interno tipo “isso não é pra mim”. O termo muitas vezes é utilizado de forma pejorativa, como se fosse alguém que estivesse muito mal para precisar de autoajuda. Porém, se for analisar ao pé da letra, é nada mais nada menos que ajudar a si próprio, algo que acredito que a maioria das pessoas faça…. ou não…?

Uma curiosidade é que o termo possivelmente surgiu a partir do primeiro livro de autoajuda escrito pelo autor britânico Samuel Smiles(1812-1904), e foi publicado em 1859, intitulado de “Autoajuda” ou “Ajude-se” (depende da tradução). Samuel Smiles é conhecido sobretudo por ter escrito livros que exaltam as virtudes da autoajuda e tópicos de biografias de  de grandes inventores, pensadores, militares e clérigos do século XIX, e inspirou pessoas do mundo inteiro a melhorarem suas vidas.

A publicação de livros de autoajuda surgiu a partir do crescimento da indústria editorial e das novas ciências, como a psicologia, e estão se aprimorando cada vez mais. Por isso, o termo se tornou mais comum em estantes de bibliotecas e em livrarias, onde é possível encontrar livros contendo infinitas soluções para o leitor obter resultados em sua vida, praticando as dicas e técnicas contidas em tais livros.

Outro ponto a ser considerado é  que alguns leitores de livros de autoajuda buscam respostas fáceis e resultados rápidos, mas não necessariamente o conteúdo dos livros é de fácil aplicação. Um livro pode utilizar ou explicar um método de fácil aplicação ou não, mas apenas o leitor pode levá-lo adiante, e muitos leitores estão mais dispostos a fazê-lo do que outros. Nem é preciso dizer que aqueles que fazem mais esforços e aplicam o que é orientado possuem melhores resultados. O saldo da leitura de um manual de autoajuda não depende apenas das qualidades do livro, mas também do ânimo do leitor em aplicar seus ensinamentos.

Embora continuem populares, os livros e programas de autoajuda, que inclusive estão no hall dos mais vendidos,  sofrem críticas por oferecerem soluções simplistas demais para problemas mais graves. Outra grande crítica à autoajuda é o oferecimento de promessas e ilusões, que podem não ser atingidas pelo leitor, como riqueza ou saúde. Porém, é exatamente isso que a maioria das pessoas busca: manuais que ensinam a ser feliz, a curar doenças, a ganhar dinheiro, a emagrecer e a resolver todo o tipo de problema existencial. E ainda: de um jeito fácil!

De acordo com essa visão, esse termo ou conceito carrega  consigo algo como se fosse uma “cura milagrosa”, um “charlatanismo”. Dessa maneira, esse termo autoajuda foi generalizado  a qualquer tipo de trabalho sejam livros, vídeos, avaliações ou testes, terapias, programas, palestras , tanto online quanto presenciais, cujo objetivo é o desenvolvimento humano.

A partir desse tipo de literatura surgiram também os grupos de autoajuda. São associações de pessoas que sofrem de algum mal físico ou psicológico, que se unem para se ajudarem uns aos outros, como os “Alcoólicos Anônimos” e os “Vigilantes do peso”.

O conceito da autoajuda se expandiu, sobretudo com o advento da tecnologia, onde se tornou possível fazer muitas coisas por si só, de maneira automática, desde atividades simples até as mais complexas. A Internet, a quantidade de informações e de serviços comerciais estão em constante crescimento, e hoje está cada vez mais comum os sistemas do tipo “faça você mesmo”.

Pessoas que tentam frequentemente resolver sozinhas seus problemas, na maioria das vezes não colocam em prática tudo conforme orientado em um livro,  e obtêm maiores e melhores resultados quando auxiliadas por profissionais.

Qualquer técnica utilizada para o desenvolvimento humano precisa necessariamente da atuação de um protagonista da história e o profissional entra apenas como coadjuvante, com o direcionamento, orientação e conhecimento das técnicas.

A motivação e o engajamento do participante dos programas é essencial para a eficácia dos resultados e isso só será possível se a própria pessoa tiver realmente vontade de mudar o cenário atual, de estar aberto a aprender algo novo e experimentar, praticar.

Em resumo, o termo não caiu em desuso, mas foi criado um estereótipo para definí-lo. Fugindo disso, encontrei outros conceitos que substituem autoajuda de maneira mais apropriada como, por exemplo, desenvolvimento humano. E para isso, existem inúmeras técnicas que podem ser utilizadas.

A programação neurolinguística, a hipnose, a psicologia positiva e outras técnicas são confundidas, pelos menos informados, com autoajuda.

A programação neurolinguística (PNL)  é uma ferramenta de abordagem estrutural e atinge com mais profundidade o ser humano e o trata como único,  fazendo com que a pessoa  construa soluções próprias para situações individuais.

A psicologia positiva é  uma ciência que estudou o comportamento das pessoas positivas.  É possível mudar uma pessoa negativa, mostrando os pontos positivos nela e em cada situação vivenciada, aumentar os pensamentos positivos e reduzir os negativos, tirar o foco dos problemas e pensar nas soluções.

As estratégias e técnicas utilizadas aqui na Meus Miolos vão muito além da autoajuda:  possibilitam uma transformação de vida do indivíduo, daqueles que se permitem e desejam evoluir constantemente. E por isso é um processo, requer um tempo para a realização das mudanças mais profundas e alcance dos objetivos, dos resultados desejados.

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