As emoções são sensações que sinalizam algo bom, prazeroso, ruim, desafiador e também nos advertem sobre um perigo e mostram como nos sentimos ou reagimos diante das situações. Envolvem reações orgânicas, bioquímicas e comportamentais. Os hormônios e neurotransmissores fabricados pelo nosso corpo condicionam os nossos comportamentos e até o nosso humor. As nossas emoções e sentimentos, ou seja, a maneira como interpretamos tais emoções, influenciam nossos comportamentos. Sentimentos e atitudes caminham lado a lado.
O hábito de consumir exageradamente algo, seja um alimento ou compras são ocasionados por algum desequilíbrio emocional, ou seja, para aliviar estados emocionais negativos como ansiedade, angústia, estresse ou para obter prazer, recompensa. São atitudes que geram prazer imediato, mas o pior é que depois gera um sentimento de culpa, ressentimento ou insatisfação. Então, conhecer estratégias adaptativas para lidar com essas emoções pode ser a melhor solução.
Vivemos na época dos estímulos e somos bombardeados todos os dias com informações diversas e de todos os tipos. Esses estímulos constantes tem o poder de diminuir a nossa satisfação com pequenos coisas do dia-a-dia.
O isolamento social causado pela Covid-19 tem alterado por completo a nossa rotina. Conciliar trabalho, atividades domésticas e filhos, adequar a rotina é um desafio que tem abalado o lado emocional de todos nós e causado oscilações de humor.
Nos primórdios, o homem buscava na natureza o seu alimento e se alimentava seguindo seu instinto de sobrevivência. Por questões evolutivas, sentimos necessidade de comer doces, pois os doces são altamente calóricos e isso aumenta a nossa chance de sobrevivência.
Atualmente, nos alimentamos não somente para suprir a nossa fome e sobreviver, mas também para satisfazer a nossa vontade, o apetite das nossas emoções e também como uma forma de socializar. Aprendemos desde quando éramos bebês a nos alimentar para acalmar, confortar sentimentos de tristeza ou estresse ou comemorar.
Com esse turbilhão emocional, a alimentação exagerada e inadequada tem sido uma forma de encobrir esses vazios, de aliviar a ansiedade e o stress ou de sentir prazer.
Além disso, somos persuadidos com ofertas, promoções, imagens convidativas o tempo todo. Então, qual seria a graça em comer algo leve e saudável se você acabou de ver que uma das refeições que você mais gosta está estampada em uma foto e em promoção? E detalhe: a apenas um clique de distância.
Então, o que fazer?
- Faça um planejamento da sua alimentação semanal, se necessário peça auxílio para um nutricionista. Isso te ajudará a controlar uma compulsão alimentar. Organize-se!
- Ouça seu corpo, se conecte com as suas emoções, perceba a diferença entre a fome e a vontade de comer. Faça atividades para relaxar e aumentar essa interação corpo-mente, como meditação, yoga, mindfulness.
- Prefira refeições com carga glicêmica mais baixa e saiba que a presença de vegetais e proteínas é essencial.
- Limite o consumo de cafeína e de álcool, pois em excesso pode ser prejudicial à sua saúde.
- Aprenda e pratique a auto-hipnose. Isso funciona como um exercício mental para estimular a conquista de resultados, aumentar o comprometimento e reduzir a ansiedade.
O importante a fazer é procurar um apoio profissional, tanto nutricional quanto médico e terapêutico, para identificar o que está acontecendo ou superar um quadro de stress ou ansiedade mais acentuado. Sobretudo se esse exagero alimentar tem um fundo emocional e esse consumo deixou de ser saudável, tornando-se algo compensatório ou compulsivo.
Com essa necessidade de isolamento social causada pelo novo coronavírus, shoppings e lojas de rua fecharam as portas. A compra online foi, então, o meio que muitas pessoas encontraram para comprar o necessário e também suprir a ânsia pelo consumo, ainda que não fossem adeptas dessa modalidade.
Ofertas, delivery com entrega grátis, promoções diversas e facilidade de pagamentos são medidas que enchem os olhos dos consumidores. Essa quantidade de estímulos podem desencadear uma necessidade de comprar de forma exagerada. Porém, comprar excessivamente pode ser um tiro no pé neste período de quarentena.
Como lidar com isso?
- Faça as suas contas e verifique a sua situação financeira;
- Estipule um valor máximo para gastar e as prioridades, não extrapole esse valor;
- Faça uma lista de compras do que está realmente precisando ou desejando antes de acessar as lojas virtuais;
- Evite acessar canais de vendas só por distração.
Ter ou desenvolver válvulas de escape positivas para aliviar as pressões sofridas e buscar alternativas que proporcionem prazer e distração, como meditação, mindfulness, yoga, terapias, hobbies, yoga do riso, danças, exercícios físicos, cursos gratuitos e outras.
O importante, nesse momento, é ter consciência do que está acontecendo e, se esse excesso de compras, tem um fundo emocional, se está funcionando como uma compensação por algo ou se esse hábito exagerado está se tornando uma patologia. Em casos mais avançados, considerados compulsões é primordial buscar ajuda profissional de médicos psiquiatras, psicólogos ou terapeutas.
É comum situações de estresse desencadearem emoções diversas e comportamento compulsivos, seja na alimentação, compras ou qualquer outro, por isso o melhor a se fazer é buscar soluções adaptativas que proporcionem a mesma emoção. Evite ficar cozinhando e olhando receitas quem tiver comendo excessivamente, e evite ficar em canais de vendas ou passeando nas lojas virtuais quem tiver comprando em exagero.
Nós podemos ajudá-lo nesse processo por meio da hipnose, da terapia Ericksoniana, do biofeedback cardiovascular e da yoga do riso, ferramentas altamente recomendadas, benéficas e com grande efetividade. Uma das premissas é o alívio das emoções negativas, dos sintomas da ansiedade e do stress, que são os pivôs desse tipo de comportamento.
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