A maioria das pessoas tem medo mudança, possuem resistência, pois a primeira sensação ao pensar na palavra mudança é de desconforto.
O medo de mudar está muito relacionado à falsa ideia de que mudança traz coisas ruins, para que mexer em um time que está ganhando? É preciso tirar da cabeça a ideia de que a mudança vai trazer a derrota.
Mudanças trazem coisas novas, mas as pessoas têm medo do desconhecido, permanecem agarradas à zona de conforto. Isso ocorre com a maioria de nós, em algum momento da vida nos sentimos tentados a permanecer confortáveis.
A zona de conforto é aquele lugar que nós estamos habituados a estar, onde é agradável e prazeroso, que gera acomodação. E sair da segurança, trocar o certo pelo duvidoso, daquilo que estamos acostumados, dói. Nós seres humanos fomos acostumados a agir de maneira a economizar energia, por isso buscamos o caminho mais curto, o trabalho mais fácil.
Só que o custo de se manter na zona de conforto, com medo de mudar nos impede de realizar várias coisas boas na vida, de arriscar, de sonhar e de ir em busca de realizações, de experimentar emoções.
A zona de conforto nos dá a falsa sensação de controle, de domínio da situação. Para sair da zona de conforto é preciso sentir uma insatisfação, um incômodo.
Aceitar a mudança e principalmente aceitar que em qualquer mudança ou escolha da nossa vida, vamos ganhar e vamos perder. Então faça esse balanço do que você perde, do que ganha em cada uma das situações e qual desses está sendo mais difícil de aceitar, qual está sendo o maior medo. E ter a percepção do que realmente está causando esse medo, o que está te impedindo de efetuar essas mudanças e o que falta para isso acontecer. Assim será possível assumir riscos.
Quando enfrentamos essa etapa, arriscamos um pouco, quebramos esse paradigma, e dessa forma começamos a evoluir, a crescer, pois esse desconforto e a inquietação fazem parte do processo de mudança e de crescimento do ser humano.
Olhando por outro âmbito, mudanças significam oportunidades, aprendizado, mesmo a partir de experiências negativas. É importante ter em mente que existem etapas para isso acontecer e leva um tempo, pois é um processo. Não adianta tentar uma vez ou fazer uma coisa diferente e dizer: – viu, não deu certo. Tem que ser persistente!
E talvez seja necessário desenvolver algumas habilidades, tais como resiliência, comunicação, disciplina, criatividade, persistência ou qualquer outra, para então ultrapassar mais essa etapa e evoluir.
Na vida, as coisas são cíclicas, quando mudam externamente, exigem adaptação e criação de novas estratégias. Temos que aprender a olhar as mudanças como algo positivo, como uma evolução na nossa vida, como uma oportunidade de aprendizado e crescimento.
Seguem algumas dicas para te ajudar nesse processo:
- Desapegar-se do passado. O que aconteceu antes não quer dizer que vai acontecer igual no futuro. Foco no presente;
- Entender que a mudança é um processo. Então é importante ter paciência e comemorar, valorizar cada passo já alcançado;
- A curiosidade estimula as mudanças a acontecerem;
- Usar a criatividade e criar novas alternativas, com pontos de vistas diferentes, novas estratégias para resolver um mesmo problema (ao menos 3, diferentes das que já têm costume);
- Se aproximar de pessoas abertas às mudanças e se afastar ou incentivar, motivar aqueles que são mais resistentes;
- Modular atitudes, se espelhar nas pessoas que possuem as habilidades para efetuar mudanças;
- Acreditar que você tem dentro de si tudo aquilo que precisa.
Esse foi um dos temas abordados na coluna da Isabela Capelão, como consultora de desenvolvimento humano no programa Revista BHNews. E teve a participação especial da Cynthia Ferreira, especialista em neuropsicologia e consultora em comunicação. Acesse nosso canal do YouTube e assista esse e outros programas do Revista BHNews.
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